RUFINO RAVIA

RUFINO PEDRO RAVÍA GONZALEZ

Tenente-Coronel da Guarda Nacional, comerciante e maçom liberal republicano. Nasceu em Montevideo em 1825, filho de Bernardo Gerônimo Ravìa Otorgues (filho de Domingo Francisco Ravìa e Eufemia Isabel Otorgués Perez) e Sebastiana Ravia Gonzalez (filha de Lorenzo Gonzalez e Manuela Peñalta Gonzalez). Como militar foi condecorado em 9 de maio de 1858 como oficial-chefe do primeiro regimento da Guarda Nacional da Cavalaria de Fora dos Muros, conforme relatado pelo Botetim Histórico do Estado-Maior do Exercito, onde lutou em defesa de sua pátria. Combateu os conservadores e lutou pela democracia de direito e o desenvolvimento social e econômico do Uruguai. Não se sabe quando foi iniciado na ordem maçônica, sabe-se que era membro do Grande Oriente do Uruguay e seu Supremo Conselho - GOU-SC, atualmente, Grande Loja do Uruguai. Na assembleia geral do GOU-SC do dia 10 de setembro de 1881, quando da aprovação da redação do novo Código Maçônico, votou contra o aumento de capitação, defendeu e colaborou com a reforma de 1881 realizada pelo Dr. Justino Jimenez de Aréchaga na redação do novo código maçônico do Grande Oriente do Uruguai. Ele acreditava em uma maçonaria participativa e humanitaria. Pelo de defender a mudança na legislação do GOU, transformando em uma maçonaria democratica e participativa, Carlos de Castro suspendeu seus direitos maçonico e de mais 32 maçons no mês de fevereiro 1882. este fato impesado de Carlos de Castro culminou em uma cisão e a fundação de um novo grande orinte do Uruguai.

Depois de desligado do GOU-SC , se reuniu com diversos maçons liberais, defensores da democracia e da república uruguaia, no mesmo mês, em conjunto com o Dr. Justino Jimenez de Aréchaga, para fundar e instalar uma nova potência maçônica em Montevideo, com a participação intensa dos mais renomados maçons liberais uruguaios, tais como: Dr. Alejandro Fiol de Perera (médico); Dr. Antônio Barreiro y Ramos; os irmãos Antônio Campos e Francisco Campos; Dr. Anacleto Dufort y Alvarez; Prof. Casimiro Pfaffly (Casimiro A. Ponce Pfaffly); Com. Carlos Sanquirico y Ayesa; Dr. Eloy Ucar; Prof. Tomás Claramunt (Thomás Aquino Joaquin Alexo Claramunt y Roura); os irmãos Felmo Perez e Lorenzo Perez; Felipe Belmont; Prof. Geremias Panizza; Dr. Honorato Font Mercê; Juan Carlos Ferreira; Juan Sosa Guimaraenz; José B. Miranda; Prof. Sebastian Ferrer y Barceló (médico); os Professores José Jaume y Bosch e Miguel Jaume y Bosch; Dr. José Majó y Fluvia; Dr. León Rebour; Cel. Lino G. Abelino Arroyo; Dr. Manoel Novoa; Dr. Nicolás Chápores; Dr. Narciso del Castillo; Prof. Orosmán Moratorio Carbonell; Prof. Rafael Cuínas; Prof. Ramon Souto; Dr. Secundino Amaro; Prof. Valentin G. Vallejo; dentre outros maçons liberais republicanos.

Rufino foi Venerável Mestre de várias lojas, sendo sua última, a Respeitável Loja Maçônica Reforma. Foi eleito em 1885 no cargo de Grão-Mestre do Grande Oriente da Republica Oriental do Uruguai (Gran Oriente de la Republica Oriental del Uruguay). Esse Grande Oriente fundado e instalado em Montevideo, em 19 de abril de 1882, foi marco da Maçonaria Liberal Republicana Uruguaia.

As lojas que fundaram o Grande Oriente da Republica Oriental do Uruguay foram as seguintes: Respeitável Loja Hiram, instalada em 21 de agosto de 1867, no Oriente de Salto, Rito Escocês Antigo e Aceito; Respeitável Loja Liberdade, instalada em 18 de maio de 1876, Oriente Buenos Aires, Rito Eclético; Respeitável Loja Igualdade (antiga Loja Virtude e Segredo), fundada em 1854, subordinada ao Grande Oriente de Montevideo, sendo reinstalada no Grande Oriente do Uruguai, em 28 de setembro de 1861, Oriente de Villa de lá Union, Montevideo, Rito Francês ou Moderno; Respeitável Loja Reforma, instalada em 1881, Oriente de Paysandú, Rito Francês ou Moderno; Respeitável Loja Porvenir, instalada em 1882, Oriente de Mercedes, Rito Eclético; Respeitável Loja Unión Fraternal, instalada em 1882, Oriente de Montevideo, Rito Francês ou Moderno

Meses seguintes a sua fundação aderiram ao Grande Oriente da Republica Oriental do Uruguai outras lojas maçônicas, tais como; Respeitável LojaHarmonia, instalada em 1878, Oriente de Dolores, Buenos Aires, Rito Eclético; Respeitável Loja Artes e Ciência, instalada em 1882, Oriente de Buenos Aires, Rito Eclético; Respeitável Loja Progreso Social, instalada 05 de setembro de 1872, Oriente de Montevideo, Rito Francês ou Moderno.

Em 1884 o novo corpo maçônico autorizou as suas lojas e seus membros difundirem em solo uruguaio e argentino "Os Movimentos Liberais Republicanos".

Rufino Ravia contraiu núpcias com Virginia Ravia Ramos e com ela teve filhos, dentre eles, Capitão Nicolas Ravia Ramos (Montevideo: 1862-1928 - Nicolas contraiu núpcias com María Maclovia Antuña Barbot) e Rafael Rufino Ravia Ramos (Montevideo: 1869-1835 - Raphael contraiu núpcia com Celina Ximenes). Virginia faleceu em 1883 e Rufino Ravia faleceu em 1888, Montevideo.

Fonte: Dados extraídos de diversos livros, jornais e periódicos arquivados na Biblioteca Nacional do Uruguai: da Biblioteca Nacional do Brasil; dos Boletins do Grande Oriente do Brasil do Vale do Lavradio; dos Boletins do Grande Oriente do Brasileiro do Vale do Passeio; dos Boletins do Gran Oriente do Uruguai.